segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sobre borboletas



Amo borboletas. Muita gente ama. Mas conheço algumas pessoas que têm pavor de borboletas. Quero falar do amor e do pavor hoje.
É tão libertador ver o voo de uma borboleta pelo jardim. Espalha alegria e leveza enquanto trabalha. E que trabalho delicioso: visitar flores, sentir cheiros e texturas delicadas, e beber néctar! Me faz pensar que posso fazer algo importante enquanto escrevo textos grandes ou pequenos, criativos ou burocráticos... posso ser leve. Posso espalhar alegria. Posso amar.
Amo aqueles desenhos formados nas asas das borboletas. Amo sentir borboletas no estômago em momentos de adrenalina e emoção. Amo pensar em como ela se transforma e no esforço empregado nessa mudança. Saber que se ela sofrer uma intervenção de ajuda para sair do casulo nunca será forte o suficiente para alçar voos, me impressiona - até incomoda - demais. É aqui que penso no pavor...
Terrível pensar que no meio do trajeto podemos perder a leveza e nos confinar num casulo já rasgado, que já deveria ter sido rompido há muito... que pavor pensar em não romper, entender que ainda não rompeu, que ainda não conseguiu ganhar o alto! Realmente apavorante.
Mas logo a leveza invade novamente a alma em forma de esperança: "Graças a Deus que nos dá a vitória por meio de Cristo Jesus" (em 1 Coríntios 15:57), e nos faz entender que tudo tem seu tempo determinado. Tudo a seu tempo! Ufa... que certeza maravilhosa essa de poder confiar que nosso decolar irá acontecer no tempo certo, no tempo de Deus.
Nada de ansiedade então.. nada de pavor! Borboletas são seres amáveis e inofensivos, personagens gentis e coloridos do poema do Vinícius. Nada mais que isso. Então, mais amor, sem pavor, por favor!

"Pois se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo". 2 Coríntios 5:17

Foto: hahahaha Minha... Essa lindona aí veio me visitar. Tive de registrar, né?!